terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

VESTIBULAR UFSC 2012

Pessoal, a UFSC já divulgou a relação de obras literárias que serão cobradas no vestibular 2012.
Não se esqueçam de que, além de ler TODAS as obras, é importante estudar as características e o contexto de produção de cada uma delas!
Boa leitura!

1) Inocência, de Visconde de Taunay (disponível em: www.dominiopublico.gov.br)
2) Memórias de um sargento de milícias, de Manoel Antônio de Almeida (disponível em: www.bndigital.bn.br)
3) O pagador de promessas, de Dias Gomes
4) AMRIK, de Ana Miranda
5) Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Jr.
6) Viagem e vaga música, de Cecília Meireles
7) A cidade ilhada, de Milton Hatoun
8) Treze Cascaes, de Adolfo Boss e outros

domingo, 27 de abril de 2008

Desejo

Na medida dos corpos
Cresce o desejo
O gosto
O gesto
Domino o beijo
Aprecio o reflexo
Da lua nos teus olhos
Segue a trilha
O delírio
O desvario
O sonho não terminou
Não acabou o hoje
Neste momento
Sinto o tempo em mim
Lembro da primeira vez
Do gosto
Do beijo
Que não roubei.

Presente

O embrulho
Tem um laço
Não é o mesmo laço
Do cabelo da menina

O presente não é da menina
O presente é para o menino
Do cabelo cor-de-rosa

Gosto do menino
Como se já o conhecesse
E não o conheço
Surpreendo-me
Com cada descoberta

Sonhei que gostava
Do menino
E amava a menina
Bobagem
É ele que amo
Ela só me faz bem.

sábado, 26 de abril de 2008

Encontro

A sutileza de seus traços
Me encanta
Tens a única vida
Cuja posse não é sua
Escolho teus pensamentos
Lavo sua alma
Brinco com a beleza
Das suas palavras
Sua imagem no espelho
Me atrai
Comungo do seu olhar
Dos desejos mais recônditos
Imagino a pulsação
Da sua negra transparência
Verso sobre versos
Emoção
Deixo-te em frangalhos
Rasgo sua roupa
Embriago-me com sua boca
Curto a sina
Dessa louca vida
Você se aproxima
Entra em cena
Em choque
Consigo mesmo
Observo a ânsia
Não domino a fúria
Jogo-te aqui, acolá
Não tem mais volta
Não conte com a sorte
Te pego
Te rasgo
Abocanho
Te mordo
Te sinto
Te jogo
Dou-te um trato
Te faço
De gato e sapato
Inerte
Você se afugenta
Logo me olha
Solta um gemido
Toma partido
Me abraça
Diz que-me-quer
De forma qualquer
De um jeito sereno
Constrói nosso mundo
Te faço mais homem
Me sinto seu macho
Seu auto-retrato
Me jogo em seus braços
E morro de amor.

Procura

Procuro
Um amor clandestino
Uma felicidade adulta
Mesmo que adúltera
Sem formas

Quero moldá-lo
Ao teu gosto
Com o gosto
Do beijo roubado
Endereçar-te versos
Ou um silêncio maduro
Sei que tenho sina
Mas posso
Refazer a vida
Recriar
O velho jeito de amar
Não quero mais nada:
Amar-te já me basta.